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De Todos se Faz um País

A história de um país é escrita por todos os seus sujeitos, contribuintes conscientes ou inconscientes do rumo que o seu tempo toma.



ISBN: 972-846-536-0

Tiragem: 1.200 exemplares

Edição: Maio de 2013

Autor:
Oscar Monteiro

Editor: Campo da Comunicação

Disponibilidade: Em stock




Tudo começou os amigos, por vezes de longe, vinham à nossa casa e nós ouviamos estória após estória. Vimos como cada experiência, cada momento e cada pessoa tinham, à sua maneira, moldado o nosso pai. por Guiyami


Sinopse

O veterano da luta de libertação nacional Óscar Monteiro, que, tal como começa a acontecer com muitos militantes do movimento que conduziu a luta pela afirmação de Moçambique como nação, apresenta o seu testemunho sobre o processo que levou à definição e construção de Moçambique.

O testemunho de Óscar Monteiro é feito através do livro “De Todos se Faz um País”. Nesta obra, que consiste essencialmente em memórias do autor sobre uma era peculiar na busca da liberdade e de um rumo para o país, aborda ainda a sua colaboração – e a da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), movimento em que militou activamente – na busca da liberdade também para outros países, como África do Sul e a Namíbia.

De origem goesa – a Índia portuguesa, como era chamada Goa em tempos de Portugal imperial –, José Óscar Monteiro é filho de um emigrante que se veio fixar à actual cidade de Maputo, onde nasceu o autor do livro a que nos referimos em 1941. Os contornos do colonialismo levaram-no à uma consciência nacionalista activa, que nos primeiros anos da sua juventude já era marca em muitos homens e mulheres da sua geração.

Óscar Monteiro, membro activo da Frelimo mesmo depois da independência nacional, vincou a sua trajectória nacionalista principalmente a partir dos seus tempos de estudante de Direito em Coimbra, Portugal. Com a consciência contestatária que naquela universidade portuguesa se construía na camada estudantil, adicionada às vivências e à realidade no seu país, este militante da Frelimo, jurista e professor de Direito, foi trocando impressões com outros jovens com quem partilhava ideais ou tinham as suas pátrias a viverem as anomalias ditadas pelo sistema colonial.

Pelo papel activo e consciente em acções anti-coloniais, Óscar Monteiro deixou Portugal e seguiu para outras paragens, tendo inclusive se tornado em representante da FRELIMO na Argélia, país que se destacou na preparação de guerrilheiros que viriam a desencadear a luta armada no terreno. No quadro das suas acções, recebeu naquele país do norte de África vários compatriotas e cidadãos de outros países que tinham também a necessidade de independência. Com o desenrolar da guerra e, ante os sinais já evidentes de que militarmente os portugueses não a ganhariam, teve papel de destaque nas negociações públicas e secretas com as autoridades de Lisboa no âmbito dos Acordos de Lusaka, tendo depois integrado o leque de quadros da FRELIMO no governo de transição que seria constituído no âmbito desse entendimento de 1974 e que duraria até Junho de 1975, quando foi proclamada a independência nacional.