Notícia

Alfândega do Porto foi centro de comunicação

Contou com especialistas de várias áreas

1 de março, 2013
Alfândega do Porto foi o palco do Seminário Internacional Comunicar, que contou com especialistas de várias áreas da comunicação. O recurso a exemplos práticos enriqueceu o evento.
Esta semana, a sala Miragaia, na Alfândega do Porto, abriu portas para Nicole D'Almeida, professora da Universidade de Sorbonne, em Paris.

A investigadora falou da comunicação e da construção da identidade e da marca empresarial. Esta primeira oradora abordou exemplos práticos e realçou a importância da eficácia e da coerência na comunicação empresarial, sublinhando a importância do management. "A comunicação é como um maestro de uma orquestra. Possui vários instrumentos para atingir a comunicação", disse.

Rogério Santos, professor universitário, chegou a seguir, com a História da Rádio no Porto. O orador trouxe à mesa a era romântica dos anos 50, a década das radionovelas e dos discos pedidos, que criaram uma intimidade locutor-ouvinte. "A partir dos anos 50, a rádio expandiu as suas horas de emissão", referiu.

Num registo mais dinâmico, Manuel Teixeira, chefe de gabinete do presidente da Câmara do Porto, falou [Ouvir] da responsabilização dos atores comunicacionais, sem esquecer exemplos reais.

Estes foram os oradores que constituíram o painel da manhã. Após uma pausa para almoço e uma visita à exposição "Comunicar", o seminário recomeçou com Custódio Oliveira [Ver] , consultor de comunicação. A sua intervenção debruçou-se no papel do storytelling na comunicação política. O conferencista usou um exemplo americano do uso desta ferramenta e os dados das suas repercussões para mostrar [Ouvir] o quão importante o storytelling é, nos dias de hoje.


Aquários e peixes

O último painel contou com Carlos Mota Cardoso [Ver] , psiquiatra e professor universitário, que se pronunciou sobre a comunicação e a psicologia. Mota Cardoso explicou a comunicação aos olhos da ciência e as suas várias influências, destacando que "hoje, cada um só diz ao outro o que pode dizer, raramente diz o que deve dizer e nunca diz o que realmente quer".

O último tópico abordado foi a exposição "Comunicar", que está patente no Museu dos Transportes e Comunicações (edifício da Alfândega). A intervenção esteve a cargo de Suzana Faro, coordenadora do museu e da exposição. A responsável explicou a constituição das várias partes da exposição e quais os seus objetivos principais junto do público, referindo que "esta exposição procura valorizar a comunicação nas suas várias vertentes e potencialidades". Suzana Faro terminou com uma frase que convida à reflexão: "Para ver o aquário de fora é preferível não ser peixe".

Fonte: Cláudia Sequeira, Francisca Matos, José António Pereira, Rita Salomé Esteves - jpn@c2com.up.pt


Video - Nicole D'Almeida, professora da Universidade de Sorbonne, em Paris

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