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Eles e elas fazem coisas diferentes na net

Estudo confirma uso intensivo da Internet entre os 13 e os 18 anos

3 de março, 2016
A maioria dos alunos portugueses entre os 13 e os 18 anos está diariamente online, segundo confirmaram os dados recolhidos nos inquéritos feitos a 18 mil jovens destes grupos etários, realizados no último Estudo sobre o Consumo de Álcool, Tabaco, Drogas e Outros Comportamentos Aditivos e Dependência (ECTAD_CAD).
Os inquéritos foram realizados em maio de 2015. Quando questionados sobre o número de dias que tinham utilizado a Internet na semana anterior, a maioria respondeu que não falhou um dos sete dias. Os valores variam entre os 44,6% aos 13 anos e 77% aos 18, que é também a percentagem mais elevada.

Para todos eles a principal actividade na Internet é o uso das redes sociais, com valores que oscilam entre 82,2% e 95%. Seguem-se-lhe as actividades relacionadas com streaming e downloading (66,7% a 81,%), a pesquisa de informação (57,1% a 84,1%), os jogos (35% a 48,3%), procura de compra e venda (de 14,3% a 29%) e, por fim, os jogos a dinheiro (de 4,5% a 7,3%).

Os jogos (sem ser a dinheiro) são sobretudo utilizados entre os 13 e os 15 anos e os rapazes são os seus principais fãs. Aos 14 anos, 75% dos que jogam na Internet são do sexo masculino, um valor que baixa para 14% entre as raparigas. Foi a primeira vez que nos inquéritos do ECTAD_CAD foram colocadas questões sobre o uso da Internet.  Constatou-se que, ao contrário dos consumos de álcool, tabaco e drogas, onde as diferenças de género tendem a esbater-se, na Internet elas “continuam a ser significativas para todas as actividades”.

Logo aos 13 anos, há mais raparigas do que rapazes nas redes sociais (87% contra 77%) e também a pesquisar informação (61% versus 53%), mas na mesma idade eles estão à frente na compra e venda online (18% contra 11 %) e no jogo a dinheiro (6% por comparação a 2%).

O secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Araújo, considerou que estes dados confirmam que é preciso estar atento ao uso intensivo da Internet em Idades muito jovens, por acarretar “riscos para a saúde” dos adolescentes. O isolamento é maior e o risco de depressão também, alertou.

Fonte: Clara Viana no publico.pt

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