Do fact-check à conduta de ódio
Afinal o que muda no Facebook, Instagram e Threads
9 de janeiro, 2025
A 7 de janeiro de 2024, a Meta anunciou importantes mudanças nas suas plataformas, como Facebook, Instagram e Threads, começando pelos Estados Unidos. As novas regras substituíram a moderação e a verificação de factos por um sistema baseado em «notas comunitárias», inspirado no modelo utilizado no X (antigo Twitter). Essa alteração transfere a responsabilidade pela veracidade das informações dos especialistas para os próprios utilizadores, sem moderação profissional. Mark Zuckerberg justificou a decisão, alegando que as empresas de verificação de factos são «politicamente tendenciosas», o que gerou preocupações sobre a possível propagação de desinformação.
Com a alteração das políticas, a Meta vai terminar os contratos com as empresas de verificação de factos nos EUA em março, embora os pagamentos a essas entidades se prolonguem até agosto. A rede internacional de verificação de factos (IFCN), que inclui entidades como o Observador e o Polígrafo, continuará a operar globalmente.
Além disso, o Código de Conduta para o Ódio foi também alterado. A partir de agora, será permitido o uso de calão e insultos sem as restrições anteriores, o que inclui comparações degradantes, como tratar mulheres como objetos ou insinuar que pessoas transgénero têm distúrbios mentais. A negação da existência de certos grupos também foi autorizada, com exceção de temas como o Holocausto. O discurso baseado na orientação sexual será permitido em nome de «crenças religiosas», e as diferenças de género poderão ser discutidas, mas apenas em contextos específicos, como o exército ou a educação.
Essas mudanças levantaram críticas, especialmente no que diz respeito à proteção de grupos vulneráveis, como pessoas LGBTQIAPN+. A associação GLAAD, que defende os direitos LGBTQIAPN+, apontou que a Meta não estava removendo conteúdos anti-trans que violavam as regras de ódio. Em resposta, Zuckerberg afirmou que as alterações visam aumentar a liberdade de expressão, embora tenha reconhecido que algumas pessoas possam abandonar as plataformas devido a essas mudanças.
As novas regras entram em vigor nos EUA, e a União Europeia já iniciou uma investigação sobre a Meta, alegando que as alterações podem violar as novas leis digitais da região. Além disso, o envolvimento de figuras ligadas ao Partido Republicano, como Joel Kaplan e Dana White, na administração da Meta, gerou ainda mais controvérsias sobre o impacto dessas mudanças.
Fonte: https://rr.sapo.pt
Além disso, o Código de Conduta para o Ódio foi também alterado. A partir de agora, será permitido o uso de calão e insultos sem as restrições anteriores, o que inclui comparações degradantes, como tratar mulheres como objetos ou insinuar que pessoas transgénero têm distúrbios mentais. A negação da existência de certos grupos também foi autorizada, com exceção de temas como o Holocausto. O discurso baseado na orientação sexual será permitido em nome de «crenças religiosas», e as diferenças de género poderão ser discutidas, mas apenas em contextos específicos, como o exército ou a educação.
Essas mudanças levantaram críticas, especialmente no que diz respeito à proteção de grupos vulneráveis, como pessoas LGBTQIAPN+. A associação GLAAD, que defende os direitos LGBTQIAPN+, apontou que a Meta não estava removendo conteúdos anti-trans que violavam as regras de ódio. Em resposta, Zuckerberg afirmou que as alterações visam aumentar a liberdade de expressão, embora tenha reconhecido que algumas pessoas possam abandonar as plataformas devido a essas mudanças.
As novas regras entram em vigor nos EUA, e a União Europeia já iniciou uma investigação sobre a Meta, alegando que as alterações podem violar as novas leis digitais da região. Além disso, o envolvimento de figuras ligadas ao Partido Republicano, como Joel Kaplan e Dana White, na administração da Meta, gerou ainda mais controvérsias sobre o impacto dessas mudanças.
Fonte: https://rr.sapo.pt