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IA revoluciona Educação

Euronews refere que esta será a maior aposta da década

11 de dezembro, 2025
IA revoluciona Educação
A tecnologia tem vindo a revolucionar o mundo da comunicação e chega, portanto, a diversas áreas afetas à sociedade. Com um potencial capaz de transformar a aprendizagem, reduzir desigualdades e fortalecer o pensamento crítico tem atravessado o maior desafio: estar acessível a todos. 
Falarmos em tecnologia, nos nossos dias, acaba quase por ser sinónimo de Inteligência Artificial (IA). Esta deixou de ser apenas uma promessa para o futuro da Educação e tornou-se numa realidade concreta. 

Sistemas de avaliação automatizados e plataformas que adaptam o ensino às necessidades de cada aluno são algumas das coisas que fazem com que a sala de aula esteja a evoluir a um ritmo que, até há pouco tempo, seria considerado ficção científica. No entanto, esta transição não é homogénea.

Na Grécia, a integração da IA evoluiu de projetos-piloto isolados para uma estratégia nacional coordenada. Durante anos, escolas em Atenas, Salónica e Creta testaram plataformas de avaliação online, produção automática de conteúdos e ensino à distância. Os resultados foram promissores, mas desiguais. O que se verificou foi que as regiões com infraestruturas adequadas e professores capacitados avançaram significativamente, enquanto as outras enfrentaram limitações tecnológicas. O ponto de viragem ocorreu a 5 de setembro, em Salónica, com o lançamento do programa «Introduzir a IA nas Escolas». Apoiado pela Fundação Onassis, em colaboração com a OpenAI, esta iniciativa consistiu na implementação do ChatGPT Edu em 20 escolas secundárias, num ambiente livre de anúncios, a cumprir o RGPD e, ainda, supervisionado pelo Ministério da Educação. 

A formação de professores, conduzida pelo «Tipping Point in Education», é um elemento central, pois garante que a tecnologia é utilizada de forma pedagógica. O desafio agora consiste em assegurar que a digitalização chegue a todas as regiões do país de forma uniforme.

A colaboração entre a Universidade do Pireu e a Google reforça a transição das universidades gregas para o ensino digital e para a IA. O acordo combina teoria e prática, oferecendo acesso gratuito a ferramentas de IA e formação especializada para estudantes e docentes. O objetivo é formar uma nova geração de profissionais com competências digitais avançadas, impulsionando a investigação, a inovação e o desenvolvimento de aplicações tecnológicas no país. Este modelo pode servir de referência para outras instituições.

O programa «IA para Professores», do KEDIVIM da Universidade de Patras, é pioneiro na Europa. Com quatro cursos de ensino à distância, certificados com ECTS (unidades de crédito europeias), a iniciativa já formou, desde 2023, dezenas de milhares de professores, criando competências essenciais para a integração da IA no ensino. A constante atualização dos programas demonstra a rapidez de evolução das ferramentas digitais e a necessidade de formação contínua. A meta é capacitar 200 mil docentes para transformar a teoria em prática no dia a dia escolar.

A implementação da IA na educação europeia apresenta contrastes significativos. 

Na Finlândia, os sistemas de IA adaptam-se ao ritmo de estudo dos alunos e oferecem formação obrigatória em ferramentas digitais aos professores. 

Na Alemanha, há financiamento disponível, mas a burocracia e as preocupações com a privacidade atrasam a implementação, criando disparidades regionais. 

Em Espanha, as megacidades experimentam sistemas de classificação por IA, enquanto as áreas rurais enfrentam problemas de conectividade.
 
Itália e Portugal investem em infraestruturas e em formação de professores, mas o ritmo de implementação ainda depende das políticas locais. Em Portugal, o Governo propõe tutores de IA personalizados para cada aluno como estratégia de transformação educativa.

Com a IA a assumir tarefas técnicas e administrativas, torna-se possível investir mais tempo num ensino que privilegia a compreensão, o diálogo e a criatividade. É nisso que acredita e aposta a Grécia.

Fonte: Euronews

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