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Liberdade e Censura na Internet

Relatório revela diferenças entre países no acesso à internet

10 de março, 2025
Liberdade e Censura na Internet
O relatório Freedom on the Net, relativo ao ano de 2024, evidencia uma disparidade em crescendo entre os diversos países no que concerne à liberdade digital.
A Islândia, o Canadá e a Costa Rica, de acordo com este relatório, dispõem de maior liberdade «na rede» ao promoverem políticas de privacidade e de neutralidade e tornaram-se alvo de destaque nos lugares cimeiros do World Happiness Report. No caso específico da Islândia é considerada líder no panorama global no que concerne à proteção dos jornalistas e internautas pela aplicação de leis rigorosas. A Estónia reconhece, efetivamente, o acesso à internet como um direito fundamental.

Os sistemas políticos e as práticas governamentais influenciam diretamente o acesso à informação online e, portanto, os países autoritários, como a China, o Azerbaijão e a Bielorrússia, são os que registam níveis mais altos de censura no plano digital, com os governos a recorrerem-se de uma combinação de bloqueios de plataformas, controlos e monitorizações e repressão ao nível dos conteúdos.

A China, por exemplo, mantém um elevado controlo sobre o acesso à informação por meio do "Grande Firewall", que bloqueia serviços como Google, Facebook e Twitter, além de filtrar conteúdos que não estejam alinhados com a ideologia do Partido Comunista. Este tipo de controlo condiciona o acesso a plataformas estrangeiras, mas também envolve uma vigilância constante da atividade online dos cidadãos.

Apesar dos avanços identificados em muitas nações, o relatório patenteia que a liberdade digital continua a ser um reflexo direto das dinâmicas políticas e sociais de cada país. Algumas democracias consolidam o livre acesso e aposta na segurança da internet, por sua vez os regimes autoritários reforçam os mecanismos de censura e de hipervigilância o que nos alerta para a necessidade de avaliação permanente por parte da comunidade internacional para garantir que «a rede» permaneça um espaço de informação, onde todos se expressem e exerçam os direitos fundamentais.

Fonte: exame.com

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