Notícia

Dia da Internet volta a ser um dia de reflexão

Inclusão Digital é um dos principais temas do momento

19 de maio, 2025
Dia da Internet volta a ser um dia de reflexão
O Dia Mundial da Internet, também conhecido como o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação, foi assinalado, este sábado, de forma muito discreta, sem grandes celebrações públicas ou eventos de destaque. Contudo, mais do que uma data festiva, este dia é um momento de apelo à reflexão sobre o papel da internet nas sociedades contemporâneas e sobre os desafios que ainda se colocam no caminho da inclusão digital.
Instituída pelas Nações Unidas, no ano de 2006, o dia Mundial da Internet pretende lembrar a importância da internet como ferramenta para o desenvolvimento sociocultural e económico, à escala global. Hoje, a rede está integrada de modo indissociável no quotidiano de milhares de milhões de pessoas. Liga-nos a informações, a serviços, a comunidades e a novas oportunidades. Através dela estudamos, trabalhamos, comunicamos e até exercemos a cidadania. Porém, essa não é a realidade partilhada – de forma equitativa – por todos.

Apesar dos avanços tecnológicos, continuam a existir barreiras significativas no acesso à internet, sobretudo em regiões menos desenvolvidas. A exclusão digital mantém outros milhares de milhões de pessoas afastadas do universo online, reforçando desigualdades já existentes e criando novas formas de marginalização. A falta de infraestruturas, de recursos financeiros ou de competências digitais impede que muitos possam usufruir dos benefícios de uma sociedade, cada vez mais, conectada.

Neste contexto, o Dia Mundial da Internet deve servir de impulso para a construção de um futuro digital mais inclusivo e justo. A promoção da literacia digital, a expansão da cobertura de rede e o desenvolvimento de políticas públicas que garantam o acesso universal são passos fundamentais para reduzir o fosso digital.

Paralelamente, surgem novos desafios que exigem atenção redobrada. A segurança online, a proteção de dados pessoais, o combate à desinformação e os impactos da inteligência artificial levantam questões éticas que não podem ser ignoradas. A proliferação de algoritmos generativos e outras tecnologias emergentes torna urgente a adoção de práticas responsáveis e transparentes, que coloquem os direitos dos utilizadores no centro da inovação.

Várias entidades públicas e privadas aproveitaram a ocasião para promover campanhas de sensibilização sobre a cidadania digital, o combate às «fake news» e a navegação segura, especialmente junto das camadas mais jovens. Estas iniciativas, mesmo que pontuais, são essenciais para fomentar uma cultura digital consciente e participativa.

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