O que pode estar por detrás de um Emoji?
PSP alerta para os perigos escondidos na comunicação digital dos jovens
26 de março, 2025

A série da Netflix intitulada “Adolescência” e o recente alerta da PSP sobre o uso de emojis tornaram-se temas de debate entre pais, psicólogos e toda a comunidade escolar.
“Adolescência”, uma produção streaming já falada um pouco por todo o Mundo, tem sido alvo de inúmeras notícias e de milhares de comentários nas redes sociais. Aborda uma fase muito importante do desenvolvimento e ajuda a desfazer alguns tabus que existem entre pais e filhos. Em Portugal, esta semana, a Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu um alerta relacionado com os significados ocultos de alguns emojis. Voltam a levantar-se questões em relação à comunicação digital.
Vivemos num tempo em que o mundo digital criou novas formas de interação, uma nova conversação. Paulo Baldaia, jornalista do Expresso, faz alusão no Podcast Expresso da Manhã, ao ano de 2009, “o tempo em que dois pontos e um parêntesis fechado significavam um sorriso. Estávamos longe de um uso intensivo de emojis”.
Hoje, os emojis deixaram de ser apenas símbolos inocentes. Alguns podem representar verdadeiros perigos, de que são exemplo o aliciamento, o bullying ou até mesmo o tráfico de drogas. Aquela que começou por ser uma linguagem “secreta” entre os jovens, usada para escapar ao entendimento dos pais, evoluiu para um código com mensagens subliminares. Emojis como a flor ou a beringela são, agora, usados para representar órgãos genitais. Podemos ir mais além se encontrarmos na mensagem plantas, cavalos, corações coloridos, bonecos de neve ou até rebuçados, ícones que sugerem tráfico ou consumo de substâncias ilícitas.
Mauro Paulino, psicólogo, alerta que as pessoas se estão a esquecer de passar tempo juntas, de estabelecer o diálogo, de conversar sobre o que se passa. O cenário que começa a ganhar evidência é constituído por elementos da família que estão lado a lado, mas estão com os telemóveis na mão e, portanto, cada um por si, sem revelarem nada acerca do dia-a-dia ou das suas vivências. Outro ponto fundamental é a necessidade premente da literacia digital: “Cada vez mais os computadores e as redes sociais são hoje uma porta para as crianças sofrerem de assédio, são uma porta para sofrerem de aliciamento, mas também elas cometerem um conjunto de atrocidades no meio digital”.
Segundo o especialista, é essencial que exista uma educação digital que envolva tanto os pais como a escola. Os pais precisam estar preparados para poderem acompanhar os filhos neste universo do digital e estabelecer abertamente o diálogo sobre os perigos. “Hoje em dia temos um conjunto de necessidades educativas que deviam fazer parte dos currículos ou, pelo menos, estar numa carga horária do que é a cidadania. Desde logo a literacia digital, a literacia financeira, a literacia emocional, da saúde psicológica, daquilo que é estar numa relação íntima e amorosa, para que muitas vezes estes adolescentes compreendam o que é dizer não e que não é efetivamente para não escalarem no seu comportamento que pode até levar a determinadas condutas sexualmente abusivas para com outros adolescentes”, ressalta.
Fonte: sicnoticias.pt
Vivemos num tempo em que o mundo digital criou novas formas de interação, uma nova conversação. Paulo Baldaia, jornalista do Expresso, faz alusão no Podcast Expresso da Manhã, ao ano de 2009, “o tempo em que dois pontos e um parêntesis fechado significavam um sorriso. Estávamos longe de um uso intensivo de emojis”.
Hoje, os emojis deixaram de ser apenas símbolos inocentes. Alguns podem representar verdadeiros perigos, de que são exemplo o aliciamento, o bullying ou até mesmo o tráfico de drogas. Aquela que começou por ser uma linguagem “secreta” entre os jovens, usada para escapar ao entendimento dos pais, evoluiu para um código com mensagens subliminares. Emojis como a flor ou a beringela são, agora, usados para representar órgãos genitais. Podemos ir mais além se encontrarmos na mensagem plantas, cavalos, corações coloridos, bonecos de neve ou até rebuçados, ícones que sugerem tráfico ou consumo de substâncias ilícitas.
Mauro Paulino, psicólogo, alerta que as pessoas se estão a esquecer de passar tempo juntas, de estabelecer o diálogo, de conversar sobre o que se passa. O cenário que começa a ganhar evidência é constituído por elementos da família que estão lado a lado, mas estão com os telemóveis na mão e, portanto, cada um por si, sem revelarem nada acerca do dia-a-dia ou das suas vivências. Outro ponto fundamental é a necessidade premente da literacia digital: “Cada vez mais os computadores e as redes sociais são hoje uma porta para as crianças sofrerem de assédio, são uma porta para sofrerem de aliciamento, mas também elas cometerem um conjunto de atrocidades no meio digital”.
Segundo o especialista, é essencial que exista uma educação digital que envolva tanto os pais como a escola. Os pais precisam estar preparados para poderem acompanhar os filhos neste universo do digital e estabelecer abertamente o diálogo sobre os perigos. “Hoje em dia temos um conjunto de necessidades educativas que deviam fazer parte dos currículos ou, pelo menos, estar numa carga horária do que é a cidadania. Desde logo a literacia digital, a literacia financeira, a literacia emocional, da saúde psicológica, daquilo que é estar numa relação íntima e amorosa, para que muitas vezes estes adolescentes compreendam o que é dizer não e que não é efetivamente para não escalarem no seu comportamento que pode até levar a determinadas condutas sexualmente abusivas para com outros adolescentes”, ressalta.
Fonte: sicnoticias.pt