Ensine as crianças a navegar em segurança na Internet
As crianças passam, em média, sete horas por dia em frente a um ecrã
15 de junho, 2016
Num artigo publicado pelo World Economic Forum, afirma-se que o volume de informação a circular aumenta a cada dia que passa e o fenómeno do digital é capaz de gerar tanto inúmeras possibilidades como incertezas, sobretudo para as crianças que estão no centro destas transformações. Segundo um estudo de 2015 da mesma entidade, estima-se que, em 2025, cerca de 90% da população mundial esteja conectada à Internet.
O ritmo do crescimento e das mudanças tecnológicas é frenético. Os especialistas falam numa eminente quarta revolução industrial potenciada pela inteligência artificial e pelo uso frequente da Internet nos dispositivos do quotidiano (internet of things), que conduzirá certamente a uma fusão do mundo físico e digital.
A televisão, o computador, as consolas de jogos, os telemóveis – todos estes objectos disputam a atenção das crianças. Hoje em dia, o impacto digital e dos media em idades mais jovens é preocupante e, segundo a American Academy of Pediatrics, as crianças passam uma média de sete horas diárias em frente aos ecrãs de qualquer que seja o dispositivo tecnológico.
O contacto excessivo com aparelhos digitais é um factor alarmante tanto para os pais como para as respectivas crianças. Estudos demonstram que problemas de atenção, dificuldades escolares, distúrbios alimentares e de sono e até comportamentos desviantes são resultantes deste uso desmesurado das tecnologias por parte dos mais jovens.
Desta forma, os progenitores devem estar atentos e monitorizar a dieta tecnológica dos filhos, pois estes acabam por passar mais tempo em frente aos ecrãs do que com os próprios pais ou na escola. Para além de tudo isto, não se podem negligenciar os elevados riscos aos quais as crianças estão expostas. São exemplo disso os conteúdos violentos e de teor sexual, o cyberbullying, o roubo de dados e a dependência da tecnologia.
A rápida expansão do mundo digital e a sua natureza evolutiva acabam por tornar ineficazes algumas das políticas de protecção de crianças. A juntar a isso, está o intervalo geracional entre os adultos e os mais jovens, que fazem uso distinto das tecnologias tendo também diferentes pontos de vista sobre os comportamentos que são ou não aceitáveis.
A questão que se impõe nesta altura é: como é que os pais podem preparar as crianças de forma a sobreviveram em segurança à era digital?
O DQ Project, fundado por Yuhyun Park, é um projecto onde colaboram especialistas de várias universidades de todo o mundo, e constitui-se como uma plataforma online que pretende capacitar as crianças com inteligência digital através de habilidades emocionais, sociais e cognitivas.
Os responsáveis pelo projecto afirmam que as crianças têm que ser capazes de enfrentar os obstáculos tecnológicos e adaptarem-se à vida digital de modo a evitar os riscos.
Os mais jovens devem criar uma identidade digital, isto é, saberem controlar a sua presença online de forma equilibrada, medindo o impacto das suas acções a curto e a longo prazo. Deverão igualmente ser capazes de fazer um bom uso do digital, estimulando a sua aptidão para usar dispositivos e suportes digitais, mas visando sempre a harmonia entre a vida online e a offline.
Por mais políticas e meios de controlo que existam, haverá sempre riscos. Ter habilidade para saber o que é segurança digital é um dos objectivos deste projecto. As crianças devem ter consciência desses mesmos perigos e saber contorná-los, e têm que perceber quais as melhores práticas e ferramentas de segurança digitais para protecção de dados.
Importante será também criar boas relações com os outros internautas, ter aquilo que chamam de inteligência emocional digital. E com isto promover essa comunicação digital, a capacidade de comunicar e colaborar com os outros para que seja feita um uso seguro e consciente das tecnologias.
Navegar online é completamente normal para as crianças, mas fazê-lo em segurança não se pode dizer o mesmo. Assim sendo, o DQ Project quer produzir literacia digital que se traduz na capacidade de encontrar, avaliar, utilizar, partilhar e criar conteúdo, assim como ter um pensamento computacional.
Por último, o mesmo conjunto de especialistas frisa a importância extrema de as crianças perceberem e defenderem os seus direitos no mundo digital, tais como o da privacidade, da propriedade intelectual e liberdade de expressão.
Fonte: publico.pt
A televisão, o computador, as consolas de jogos, os telemóveis – todos estes objectos disputam a atenção das crianças. Hoje em dia, o impacto digital e dos media em idades mais jovens é preocupante e, segundo a American Academy of Pediatrics, as crianças passam uma média de sete horas diárias em frente aos ecrãs de qualquer que seja o dispositivo tecnológico.
O contacto excessivo com aparelhos digitais é um factor alarmante tanto para os pais como para as respectivas crianças. Estudos demonstram que problemas de atenção, dificuldades escolares, distúrbios alimentares e de sono e até comportamentos desviantes são resultantes deste uso desmesurado das tecnologias por parte dos mais jovens.
Desta forma, os progenitores devem estar atentos e monitorizar a dieta tecnológica dos filhos, pois estes acabam por passar mais tempo em frente aos ecrãs do que com os próprios pais ou na escola. Para além de tudo isto, não se podem negligenciar os elevados riscos aos quais as crianças estão expostas. São exemplo disso os conteúdos violentos e de teor sexual, o cyberbullying, o roubo de dados e a dependência da tecnologia.
A rápida expansão do mundo digital e a sua natureza evolutiva acabam por tornar ineficazes algumas das políticas de protecção de crianças. A juntar a isso, está o intervalo geracional entre os adultos e os mais jovens, que fazem uso distinto das tecnologias tendo também diferentes pontos de vista sobre os comportamentos que são ou não aceitáveis.
A questão que se impõe nesta altura é: como é que os pais podem preparar as crianças de forma a sobreviveram em segurança à era digital?
O DQ Project, fundado por Yuhyun Park, é um projecto onde colaboram especialistas de várias universidades de todo o mundo, e constitui-se como uma plataforma online que pretende capacitar as crianças com inteligência digital através de habilidades emocionais, sociais e cognitivas.
Os responsáveis pelo projecto afirmam que as crianças têm que ser capazes de enfrentar os obstáculos tecnológicos e adaptarem-se à vida digital de modo a evitar os riscos.
Os mais jovens devem criar uma identidade digital, isto é, saberem controlar a sua presença online de forma equilibrada, medindo o impacto das suas acções a curto e a longo prazo. Deverão igualmente ser capazes de fazer um bom uso do digital, estimulando a sua aptidão para usar dispositivos e suportes digitais, mas visando sempre a harmonia entre a vida online e a offline.
Por mais políticas e meios de controlo que existam, haverá sempre riscos. Ter habilidade para saber o que é segurança digital é um dos objectivos deste projecto. As crianças devem ter consciência desses mesmos perigos e saber contorná-los, e têm que perceber quais as melhores práticas e ferramentas de segurança digitais para protecção de dados.
Importante será também criar boas relações com os outros internautas, ter aquilo que chamam de inteligência emocional digital. E com isto promover essa comunicação digital, a capacidade de comunicar e colaborar com os outros para que seja feita um uso seguro e consciente das tecnologias.
Navegar online é completamente normal para as crianças, mas fazê-lo em segurança não se pode dizer o mesmo. Assim sendo, o DQ Project quer produzir literacia digital que se traduz na capacidade de encontrar, avaliar, utilizar, partilhar e criar conteúdo, assim como ter um pensamento computacional.
Por último, o mesmo conjunto de especialistas frisa a importância extrema de as crianças perceberem e defenderem os seus direitos no mundo digital, tais como o da privacidade, da propriedade intelectual e liberdade de expressão.
Fonte: publico.pt