Notícia

A Microsoft quer colocar data centers no fundo do oceano

A iniciativa faz parte do Projeto Natick

13 de junho, 2018
Microsoft colocou em operação um data center experimental no Mar do Norte, próximo às Ilhas Orkney, na Escócia. A iniciativa faz parte do Projeto Natick, que busca investigar se centros de processamentos de dados podem realmente funcionar, por longos períodos, no fundo do mar.
A Microsoft acaba de instalar um data center no fundo do mar

Como se sabe, os data centers têm papel fundamental no funcionamento de serviços e atividades de nosso cotidiano, em diversos setores da economia, como energia, iluminação, Internet, telecomunicações, entretenimento, bancos, transportes, tráfego urbano, sistemas de segurança e saúde pública.

Geralmente montados racks ou armários metálicos, os data centers processam grandes quantidades de informação. A vida na maioria das cidades depende do bom funcionamento e disponibilidade desses centro de processamento. É por isso que possuem avançados sistemas de resfriamento e proteção contra incêndios.

Mas, agora, a Microsoft acaba de instalar um data center no fundo do mar. Com 864 servidores alimentados por energia oceânica renovável, divididos em 12 “armários” e com uma capacidade total de 27,6 petabytes, o novo centro de processamento de dados iniciou seu período de experimentação.

Para a Microsoft, mergulhar data centers no Mar do Norte é uma boa ideia por dois motivos: resfriamento e latência. Quanto ao primeiro quesito, as águas geladas das Ilhas Orkney são uma fonte constante de resfriamento. Isso torna os servidores dos data centers menos propensos a superaquecer e entrar em colapso.

O resfriamento é um aspecto financeiramente relevante em qualquer operação de computação em grande escala. As temperaturas baixas do oceano reduzirão a energia e recursos financeiros necessários para manter os 854 servidores do data center, que passarão a conectar outros computadores à Internet.

A Microsoft acaba de instalar um data center no fundo do mar

Já o segundo aspecto interessa aos consumidores. Os data centers subaquáticos poderão trazer uma conexão mais rápida e mais fácil para os usuários da Internet. Isso porque ter servidores próximos aos computadores reduz a latência — o tempo que os dados levam para viajar entre a origem e o destino.

E por que “próximos aos computadores”? Bem, segundo a empresa de Bill Gates, mais da metade da população mundial vive a cerca de 200 quilômetros da costa. Logo, econômica e ambientalmente falando, submergir um data center no fundo oceano faz mais sentido que construir uma instalação onshore.

Segundo a Microsoft, a tecnologia submarina não está nem perto de substituir os data centers terrestres, que conectam a maior parte do mundo à Internet. Ainda assim, as vantagens econômicas e ambientais dos data centers submarinos poderão incentivar empresas a implementar a tecnologia em larga escala.

O projeto está em sua segunda fase, na qual o data center ainda está conectado a uma fonte de energia renovável em terra. O centro de processamento de dados deve funcionar sem manutenção por 5 anos. A Microsoft espera desenvolver uma tecnologia subaquática que elimine os laços com a energia onshore.

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